A importância da informação na relação médico-paciente
por Erika Dantas e Ana Beatriz Martins
Isto porque encontramo-nos na era digital, em que os avanços tecnológicos permitem acesso a toda e qualquer informação por parte do indivíduo, havendo a legislação abraçado este recurso e garantido ao paciente tal direito.
Neste sentido, além de ser um dever ético, constante no Código de Ética Médica, prestar informações ao paciente sobre seu diagnóstico, prognóstico e os tratamentos disponíveis para a sua enfermidade passou a ser também uma imposição legal a partir da publicação do Código de Defesa do Consumidor.
Assim, a ausência de informação clara, completa, em linguagem acessível e considerando as particularidades do paciente configura uma falha ética do profissional e pode motivar a interposição de uma ação judicial.
Indica-se que sejam prestadas informações todas as vezes que a prestação de serviço médico for renovada, de forma prévia.
Ressalta-se a existência da figura do privilégio terapêutico, que permite que o médico assistente deixe de prestar informações referentes ao diagnóstico ou prognóstico do paciente quando se verificar que o excesso de informação pode atrapalhar no tratamento do enfermo, devendo repassar o panorama da situação para algum membro da família.
Quando o paciente é previamente informado e esclarecido dos riscos envolvidos em determinado tratamento/procedimento, pode exercer o seu direito fundamental de autodeterminação, escolhendo o que melhor para si, optando ou não pelo tratamento médico.
Sempre que houver dúvidas, procure uma assessoria jurídica especializada.